Como o milho (principal elemento de composição da polenta) é
originário da América, antes da chegada de imigrantes europeus, já se consumia
no Brasil uma forma de polenta de milho denominada angu. Um prato típico dos povos
guaranis. Com a chegada dos imigrantes Italianos, fez-se uma adequação na
textura da polenta, deixando-a mais firme e propícia para consumir com molho de
carne e não pura como se consumia o angu guarani.
Existe, na Ilha
da Madeira, um prato típico muito parecido, as papas de milho, que é consumido
logo depois de cozido, a acompanhar peixe, ou então frito, a acompanhar a
espetada madeirense de carne de vaca.
A Polenta é um alimento típico
da culinária ítalo-brasileira, mas que tem amplo uso e aceitação em diversos
países, como Argentina, Bolívia e Paraguai. Sua base é a farinha de milho.
Pouco
depois da chegada dos espanhóis ao Caribe em 1492, o milho foi introduzido na
Europa. Na Itália, o milho passou a ser cultivado primariamente no norte, onde
as chuvas são abundantes. A partir de então é que a polenta passou a ser feita
de farinha de milho.
A polenta
de milho tornou-se o principal prato nas regiões de Veneza e Friuli, onde
passou a substituir o pão (feito com trigo) e o macarrão. Inicialmente restrita
a essas regiões, em pouco tempo a polenta passou a dominar todos os aspectos da
culinária italiana. Sua textura varia bastante, de firme nas regiões de Veneza
e Friuli a cremosa na região de Abruzzi. A polenta sempre foi feita da mesma
forma: com bastante esforço e paciência, misturando a pasta de milho em
caldeirões de cobre aquecidos sobre o fogo.
Pode ser
servida mole, dura, grelhada ou frita. Pode ser recheada com uma miríade de
molhos ou outros ingredientes, acrescentados enquanto ela ainda está mole.
Antigamente considerada “comida de pobres”, a polenta hoje é usada em diversas
casas e restaurantes, sem essa conotação. Recentemente, a indústria alimentícia
lançou polentas pré-preparadas, para serem feitas em refeições instantâneas.
PREPARO:
O principal
ingrediente da polenta é a farinha de milho, porém este deve ser de qualidade. O
ideal é o fubá grosso vindo diretamente do moinho, ou seja, sem ser peneirado. Caso
você não tenha acesso a um moinho, pode misturar o fubá comprado no
supermercado, sendo uma medida de fubá fino para quatro de fubá grosso.
Leve ao
fogo uma panela (preferencialmente de ferro) com três litros de água, deixe
iniciar a fervura, acrescente dois tabletes de caldo de galinha e o fubá.
Para três
litros de água você vai usar meio quilo de fubá ou a da mistura que lhe sugeri
no primeiro parágrafo. Sempre colocando aos poucos e mexendo com uma colher de
madeira (o ideal é uma pá própria para polenta). Aconselha-se colocar com a mão
e espalhar o fubá na água.
Após colocar
o meio quilo de fubá deixe fogo baixo e vá mexendo sempre em círculos num
intervalo de dois ou três minutos. Mexer faz com que não cole no fundo. Se ficar
muito dura sua polenta, pode acrescentar água quente aos poucos.
Deixe ferver
por 40 minutos e está pronto. Sirva com o acompanhamento de seu gosto.
PROPORÇÃO:
- O,5 kg de fubá;
- 2 tabletes de caldo de galinha;
- 3 litros de água.
RENDIMENTO: uma porção para seis
pessoas.
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