O arroz, grande vedete das mesas
brasileiras, frequenta a mesa de dois terços da população mundial,
constituindo-se o cultivo alimentar mais importante de vários países,
principalmente asiáticos.
Acredita-se que ele seja
originário da Ásia Sul-Oriental, região que inclui a China, a Índia e a
Indochina. Evidências arqueológicas na China e na Índia atestam a existência do
arroz há cerca de 7000 anos, sem comprovações verídicas.
As referências mais concretas,
entretanto, remontam ao ano de 2822 a.C., durante a célebre cerimônia instituída
pelo imperador da China, que consistia em semear, ele próprio, anualmente, as
sementes de arroz.
Por não haver indícios seguros
sobre a origem do arroz, os estudiosos passaram a buscar respostas na sinonímia
da planta, ou seja, os nomes com que o cereal fora conhecido pelos povos
antigos. Tais investigações, porém, apontam para diversos rumos, como Ásia,
Europa e América. O arroz, que os latinos denominavam Oryza, e que os antigos
gregos chamavam de Oruzon e Oruza, em certas línguas era identificado por nomes
que muito se aproximam dessas palavras, como por exemplo, Oriz. Para os árabes
era Eruz, Uruz, Rouz ou Arous, de onde derivou o nome arroz dos portugueses e
espanhóis.
Na Europa, a introdução do arroz
na cultura de seus povos se deu pelos mouros no século VIII, na Península
Ibérica. A partir daí, difundiu-se nos demais países. No final do Século XV, a
cultura do arroz se difundiu nas regiões da Lombardia, Veneto e Piemonte.
Na América, não existem
documentos seguros para afirmar a época precisa do início do cultivo do arroz
no continente. Contudo, as informações que se têm datam de 1694, na Carolina, e
em 1718, na Louisiana, ambas nos Estados Unidos.
O arroz é um dos alimentos mais
populares do Brasil. Apesar disso, até o começo do século IX, era pouco
conhecido por aqui. Arroz e presunto foram os alimentos que os portugueses
deram aos índios, no seu último encontro, ao chegarem aqui no ano de 1.500,
como informa Pero Vaz de Caminha em sua famosa carta. O arroz já era plantado
na capitania de São Vicente, o que corresponde atualmente ao litoral sul de São
Paulo até o sul do Rio de Janeiro.
Em 1904, no município de Pelotas,
surge a primeira lavoura empresarial, já irrigada. Depois, a cultura chegou a
Cachoeira do Sul e, a partir de 1912, teve grande impulso, graças aos
locomóveis, veículos movidos a vapor produzido pela queima da lenha. Os
locomóveis acionavam bombas de irrigação, o que facilitava a inundação das
lavouras de arroz.
O desenvolvimento genético, o
aprimoramento do cultivo e as tecnologias empregadas do plantio à colheita,
permitiram a redução do tempo de desenvolvimento e maturação da planta,
enriqueceram substancialmente a qualidade do grão, tanto na sua massa quanto na
sua constituição nutritiva.
Uma coisa é certa, com o
crescimento da população e da demanda de alimento, foram criados meios mais
sofisticados que modernizaram as indústrias de arroz e, com isso ele tornou-se
indispensável para nossa mesa.
MAS, COMO PREPARAR UM BOM ARROZ?
Existem dois tipos básicos de
arroz, o branco e o amarelo (parboilizado, que é pré-cozido). Para preparar
depende do que se quer:
ARROZ BRANCO:
Ideal para sopas e risotos, no
caso do preparo para servir à mesa, tome os seguintes cuidados:
- Lave bem o arroz em água
corrente: isso tirará excessos de farinha que tem junto ao produto e também
deve ser escolhido, pois sempre há presença de cascas;
- Leve ao fogo: em uma panela um
dente de alho e uma rodela de cebola em cabeça, picados (quanto mais fino
melhor), com um fio de óleo de soja. Deixe dourar e acrescente o arroz. Deixe fritar
por 2 minutos, sempre mexendo para não grudar no fundo, acrescente sal e água.
- Ao acrescentar água: deixe
cozinhar em fogo baixo e sempre mexendo para não colar no fundo.
Estará pronto em 30 minutos.
Obs: Para deixa-lo mais “bonitinho”,
pique ceboletes (cebola verde bem fininha) e acrescente na hora de ferver.
PROPORÇÃO:
- 200g de arroz;
- Uma pitada de sal
(preferencialmente sal marinho, pois é mais saudável, contém iodo na medida
certa);
- Um dente de alho;
- Uma rodela de cebola de cabeça;
- Aproximadamente meio litro de
água.
RENDE: um prato para duas ou três
pessoas.
ARROZ PARBOIRIZADO:
Pode ser preparado, também como o
arroz branco, contudo não é necessário frita-lo junto com os temperos e também
não precisa ficar mexendo, pois não gruda no fundo da panela. Porém, existe
outra boa receita para fazer:
- Lave o arroz e leve ao fogo
baixo, com água e um tablete de caldo de galinha;
- Deixe cozinhar por 30 minutos,
sempre acrescentando água quando necessário, no final quando ele está com aparência
de cozido, deixe secar a água até que consiga ouvir fritando na panela, delique
e está pronto.
PROPORÇÃO:
- 200g de arroz;
- Um tablete de caldo de galinha;
- Aproximadamente meio litro de
água.
RENDE: um prato para duas ou três
pessoas.
Observações:
-
Não utilize panelas de teflon, pois liberam toxinas para seu alimento;
-
Pode ser utilizado água quente ou fria para repor, não faz diferença;
-
Com fogo baixo, não se corre o risco de ferver e traspor a panela, que além de
sujar o jogão, pode-se perder o amido do produto.
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