terça-feira, 19 de janeiro de 2016

COMO PREPARAR ABÓBORAS


A abóbora é um fruto ou um legume? Como comê-la? Como servi-la? São estas perguntas que vamos responder neste artigo.
Respondendo a primeira pergunta, a abóbora é um fruto da aboboreira (Cucurbita spp), uma espécie de planta pertencente ao gênero Curcubita e membro da família das Cucurbitáceas da qual também fazem parta as melancias, os melões e até mesmo os chuchus.
Este fruto é cultivado no mundo todo por ser uma fruta muito saborosa e nutritiva, e até mesmo por fins ornamentais, a abóbora faz parte da categoria dos maiores e mais pesados frutos do mundo. Em dezembro de 2009 foi descoberta uma abóbora gigantesca de 782,4 quilos nos Estados Unidos, apresentada no concurso de Ohio Valley, cujo evento comemorou a entrada da fruta no livro dos recordes por ser a abóbora mais pesada do mundo.
Acredita-se que a abóbora seja provavelmente nativa do México e do sul dos Estados Unidos e fazia parte da alimentação das civilizações Maia, Asteca e Inca. No Brasil, as abóboras têm sido cultivadas há muito tempo e já faziam parte da alimentação dos povos indígenas antes mesmo da sua colonização. Dentre as principais espécies de abóbora presente no Brasil pode-se destacar a Cucurbita moschata, Cucurbita maxima e Cucurbita pepo, sendo todas estas espécies de polinização cruzada, o que significa que existem abóboras destas espécies encontradas em diferentes formas, cores e texturas.
Segundo as características morfológicas externa das abóboras, podemos descrevê-la como sendo frutas de formato redondo e achatado, são geralmente de coloração laranja avermelhado, porém existem espécies de coloração amarela, verde escuro, branco e até mesmo cinza, e sua casca é grossa e lisa, com algumas nervuras.  Suas sementes são pequenas e lisas.
As abóboras são cultivadas em clima tropical (temperatura entre 20 a 35ºC), pois todas as espécies são sensíveis às geadas (não sobrevivem a temperaturas abaixo de 10°C). Além disto, necessitam de um solo propício que seja profundo e bem drenado. Dentre os maiores produtores mundiais de abóbora podemos destacar os Estados Unidos, México, China e Índia.
A polpa da abóbora é doce e bastante saborosa. Por isto é muito apreciada na culinária, sendo preparada de diferentes maneiras. É usada para o preparo de purês, doces, tortas, caldo, sopas, etc. As sementes são usadas muitas vezes torradas e servem como um nutritivo lanche. Além de ser um delicioso alimento também é fonte de vários nutrientes. Ela é rica em vitamina A,  B, cálcio, fósforo e é uma fruta de baixa caloria.
A abóbora é considerada uma fruta com propriedades medicinais indicada para combater inflamação das vias urinarias, infecções dos rins, inflamação do fígado e baço, além de ser vermífuga, estomáquica, antifebril, hepática e muito usada para combater a náusea. Em pessoas que enfrentam problemas digestivos, a abóbora é muito recomendada por possuir um alto teor de fibra, o que contribui para ajudar na digestão adequada.

Mas para comer, como preparar? Existem muitos modelos de consumir este fruto, quero lhe mostrar duas maneiras usando a mesma fruta.

PROPORÇÃO:
- 1 abóbora de tamanho grande, que não esteja totalmente madura. Escolha preferencialmente a abóbora menina ou de pescoço;
- Uma porção (Um maço) de cebolinha e salsinha verde;
- Uma cebola de cabeça;
- Dois dentes de alho;
- Aproximadamente 2 xícaras de farinha de trigo;
- Sal e pimenta de acordo com seu paladar.
RENDIMENTO: uma porção para duas pessoas.


COMO PREPARAR:
Primeiramente corte a abóbora em duas partes separando o pescoço do restante. O pescoço corte em fatias bem finas deixe em uma bacia, polvilhe com sal e pegue cada fatia, banhe na farinha de trigo e lance na frigideira com óleo quente. Deixe fritar até dourar. Sirva como aperitivo.
- Descasque o corpo da abóbora e pique em pequenos pedaços (quadrados);
- Numa panela coloque a cebola e o alho picados (do menor tamanho possível), para dourar com uma pequena quantidade de óleo;
- Quando a cebola e o alho estiverem dourados, adicione a abóbora picada e o sal (de acordo com seu gosto), deixe fritar mexendo sempre. Normalmente a polpa e abóbora solta certa quantidade de água que servirá para cozer seu prato, caso a fruta esteja muito madura isso não irá ocorrer. Então, vá adicionando pequenas quantidades de água para manter um cozimento;
- Acrescente a salsa e cebolinha picadas de e deixe cozinhar;

- Quando os pedaços de abóbora começam a se desmanchar está pronto, sirva e bom apetite.

domingo, 19 de abril de 2015

O MELHOR BOLINHO DE ARROZ DO MUNDO


O bolinho de arroz era apenas mais uma iguaria trazida pelos japoneses, mas acabou se tornando um elemento da culinária brasileira. Num passado remoto, no Japão onde o arroz e o principal alimento, as sobras do almoço tornavam-se um complemento do dia seguinte, preparados de forma simples – amassados e fritos. Porém, neste país os bolinhos da sorte são feitos de arroz, assim como nas festas típicas servem um bolo de farinha de arroz com o prato principal.
Porém, esse bolinho como conhecemos tem sua origem reivindicada pelos italianos. Uma das possíveis origens do bolinho é o Arancini. Trata-se de um “primo” italiano feito com arroz arbóreo ou carnaroli, ou, melhor dizendo, com as sobras do risoto do último jantar. Típico da Sicilia, naquela região o bolinho é feito com o arroz moldado na mão como uma coxinha, bolinha ou mesmo como uma pirâmide e recheado fartamente – com carne, queijo ou o que mais a geladeira oferecer. Uma versão menos popular é levada ao forno em lugar de passar pela frigideira com óleo – perde em crocância, mas é mais saudável. 
Outra possível origem é a culinária portuguesa, que tem uma receita similar, que foi trazida para o Brasil e tornou-se um dos ingredientes da cozinha mineira e paulista.
Mas ignorando a origem, como se faz o melhor bolinho de arroz que você pode comer?
Para isso você precisa de arroz cozido, não importa se é sobra de ontem, sobra de risoto ou arroz fresco; também não importa se é arroz branco ou parboilizado. Separe uma porção que dê aproximadamente três xícaras de chá (de arroz já cozido). Em uma tigela bata a clara em neve de dois ovos, misture as gemas, cheiro verde picado, um tablete de caldo de galinha e 200 ml de leite. Mexa até que o tablete se dissolva, acrescente o arroz, misturando bem e vá acrescentando trigo até a massa ficar no ponto de bolinhos.
Agora é só fritar e se deliciar. Para que a fritura fique boa (sem estar gorduroso), não economize no azeite. Os bolinhos precisam boiar na gordura para ficarem sequinhos.
Obs. Quanto menor ficar seu bolinho mais fácil será de fritar e mais gostoso de servir.
Bom apetite.

PROPORÇÃO:
- 3 xícaras (de chá) de arroz cozido;
- 1 tablete de caldo de galinha;
- Uma porção (Um maço) de cebolinha e salsinha verde;
- Um copo de 200 ml de leite;
- aproximadamente 2 xícaras de farinha de trigo;
- Sal e pimenta de acordo com seu paladar.

RENDIMENTO: uma porção para três pessoas.

domingo, 22 de março de 2015

COMO FAZER A MELHOR POLENTA DO BRASIL


Como o milho (principal elemento de composição da polenta) é originário da América, antes da chegada de imigrantes europeus, já se consumia no Brasil uma forma de polenta de milho denominada angu. Um prato típico dos povos guaranis. Com a chegada dos imigrantes Italianos, fez-se uma adequação na textura da polenta, deixando-a mais firme e propícia para consumir com molho de carne e não pura como se consumia o angu guarani.
Existe, na Ilha da Madeira, um prato típico muito parecido, as papas de milho, que é consumido logo depois de cozido, a acompanhar peixe, ou então frito, a acompanhar a espetada madeirense de carne de vaca.
Polenta é um alimento típico da culinária ítalo-brasileira, mas que tem amplo uso e aceitação em diversos países, como Argentina, Bolívia e Paraguai. Sua base é a farinha de milho.
Pouco depois da chegada dos espanhóis ao Caribe em 1492, o milho foi introduzido na Europa. Na Itália, o milho passou a ser cultivado primariamente no norte, onde as chuvas são abundantes. A partir de então é que a polenta passou a ser feita de farinha de milho.
A polenta de milho tornou-se o principal prato nas regiões de Veneza e Friuli, onde passou a substituir o pão (feito com trigo) e o macarrão. Inicialmente restrita a essas regiões, em pouco tempo a polenta passou a dominar todos os aspectos da culinária italiana. Sua textura varia bastante, de firme nas regiões de Veneza e Friuli a cremosa na região de Abruzzi. A polenta sempre foi feita da mesma forma: com bastante esforço e paciência, misturando a pasta de milho em caldeirões de cobre aquecidos sobre o fogo.
Pode ser servida mole, dura, grelhada ou frita. Pode ser recheada com uma miríade de molhos ou outros ingredientes, acrescentados enquanto ela ainda está mole. Antigamente considerada “comida de pobres”, a polenta hoje é usada em diversas casas e restaurantes, sem essa conotação. Recentemente, a indústria alimentícia lançou polentas pré-preparadas, para serem feitas em refeições instantâneas.

PREPARO:
O principal ingrediente da polenta é a farinha de milho, porém este deve ser de qualidade. O ideal é o fubá grosso vindo diretamente do moinho, ou seja, sem ser peneirado. Caso você não tenha acesso a um moinho, pode misturar o fubá comprado no supermercado, sendo uma medida de fubá fino para quatro de fubá grosso.

Leve ao fogo uma panela (preferencialmente de ferro) com três litros de água, deixe iniciar a fervura, acrescente dois tabletes de caldo de galinha e o fubá.
Para três litros de água você vai usar meio quilo de fubá ou a da mistura que lhe sugeri no primeiro parágrafo. Sempre colocando aos poucos e mexendo com uma colher de madeira (o ideal é uma pá própria para polenta). Aconselha-se colocar com a mão e espalhar o fubá na água.
Após colocar o meio quilo de fubá deixe fogo baixo e vá mexendo sempre em círculos num intervalo de dois ou três minutos. Mexer faz com que não cole no fundo. Se ficar muito dura sua polenta, pode acrescentar água quente aos poucos.
Deixe ferver por 40 minutos e está pronto. Sirva com o acompanhamento de seu gosto.


PROPORÇÃO:
- O,5 kg de fubá;
- 2 tabletes de caldo de galinha;
- 3 litros de água.

RENDIMENTO: uma porção para seis pessoas.

quarta-feira, 4 de março de 2015

O MELHOR BOLINHO DE CARNE DO MUNDO


BOLINHOS DE CARNE
bolinho de carne, iguaria presente em todos os bares e padarias do Brasil, foi criado na Holanda, no início do século XVII. Foi um dono de bar em Amsterdã que, junto com sua esposa fez uma versão que era mais parecida com um croquete recheado com carne desfiada. Hoje, o bolinho de carne é indispensável para os fãs de um delicioso salgado, especialmente se acompanhado de uma consistente e gelada cerveja.
No Brasil temos algumas adaptações como bolinho de carne de frango, de bacalhau, de arroz, e outras misturas. Mas o verdadeiro bolinho de carne se faz assim:

PREPARO:
Quebre três ovos de galinha (frescos), separe a gema da clara. Bata a clara em neve (é necessário bater em neve para que o bolinho fique fofinho), misture as gemas em seguida acrescente uma cebola picada, e dois dentes de alho (picados).
Misture tudo em uma tigela e acrescente um tablete de caldo de carne ralado, meio quilo de carne bovina moída (de primeira), acrescente uma pitada de sal e de pimenta, mais um maço de cheiro verde picado. Vá acrescentando farinha de trigo até chegar ao ponto de a massa ficar firme.
Quando a massa ficar bem firme, faça bolinhos com as mãos ou com a colher de pegar bolas de sorvete. Para não grudar na mão ou na colher, unte com óleo.
Se quiser impressionar passe os bolinhos na farinha de rosca ou de mandioca antes de fritar.

Para fritar é necessário que os bolinhos fiquem boiando no óleo, caso contrário fica gorduroso e queima a casca.
Obs. Quanto menor ficar seu bolinho mais fácil será de fritar e mais gostoso de servir.
Bom apetite.

PROPORÇÃO:
- O,5 kg de carne moída;
- 1 tablete de caldo de carne;
- 1 cebola de cabeça média;
- 1 dente de alho;
- Uma porção (Um maço) de cebolinha e salsinha verde;
- 2 xícaras de farinha de trigo;
- Sal e pimenta de acordo com seu paladar.
RENDIMENTO: uma porção para três pessoas.

Observações:

- Ao fritar, deixe o óleo ficar bem quente, isso faz diferença. 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

RISOTO/GALINHADA COM TOQUE ESPECIAL BRASILEIRO


Para um dia depois de uma maratona de trabalho ou uma temporada exaustiva de praia, festa, carnaval, etc. Nada como um prato leve com sabor bem atrativo.
Existem, no mundo, poucos pratos tão apreciados ou versáteis como o risoto. Basicamente o risoto é um prato feito com arroz, um bom caldo, com pedaços ou não de carne, queijo parmesão e manteiga. Também podem ser combinados com muitos outros ingredientes como frutos do mar, cogumelos, ervas e legumes.

Além de ser versátil, ele é fácil de fazer, o que o tornou um prato apreciado em todo o mundo, desde a mais simples cozinha ou mais refinado restaurante.
A história do risoto naturalmente está ligada à história do arroz na Itália. Nem todos concordam com a exata origem, mas é fato que o arroz foi primeiramente introduzido na Itália e Espanha por meio da vinda dos asiáticos durante a Idade Média. A umidade do Mediterrâneo era ideal para a cultura de arroz que logo se tornou um sucesso de vendas em Gênova e Veneza. Sua popularidade se espalhou por toda a Itália primariamente entre os ricos já que na época seu preço era exorbitante.
Na Itália, principalmente em Milão, até hoje o prato ainda é feito com os mesmos ingredientes básicos: arroz, caldo (geralmente de frango), cebolas, manteiga, vinho, queijo parmesão e açafrão. Com o tempo outros elementos como lagosta, trufas, cogumelos, lula, aspargos, pato e abóbora foram sendo incorporados. A mistura ideal é uma questão mesmo de gosto.
Se você ainda não preparou um belo risoto, o outono é a oportunidade perfeita. Nada melhor do que um prato que além de delicioso aquece a alma nos dias de frio. Para isso vou lhe dar uma receita prática e fácil de preparar, com um segredinho que vai incrementar, ainda mais, seu prato.

PREPARO:
Corte um peito de frango em tiras pequenas e leve à uma panela grande, deixe fritar com duas colheres de margarina, por aproximadamente três minutos. Lembre-se que quando levado ao fogo, inicialmente sai uma água da carne e ela começa a cozinhar, isso é normal, deixe até secar a água e fritar.
Quando completar três minutos, acrescente uma cebola, das grandes picadas juntamente com dois grãos de alho. Deixe fritar até dourar a cebola e acrescente um copo de vinho e um tomate picado. Deixando ferver até começar a fritar, acrescente dois copos de água, dois tabletes de caldo de galinha e deixe ferver por mais 15 minutos.
Após este momento, você tem duas opções ou tire a carne da panela e desfie-a para ser incorporada ao caldo ou deixe em pedaços.
Acrescente uma cenoura ralada, cebolinha e salsa picadas e duas latas de milho em conserva.
Neste momento acrescente na fervura o arroz, cozinhando em fogo baixo sempre acrescentando água quente em pequenas quantidades e mexendo para não grudar no fundo.
Nunca deixe secar, lembre-se que é risoto, então quanto mais úmido melhor. Após 30 minutos desligue o fogo, acrescente queijo picado em cubos, mexa para que seja bem misturado, deixe descansar por mais cinco minutos, derrame em uma tigela, decorre com queijo parmesão ralado e folhas de salsa.
Bom apetite.


PROPORÇÃO:
- 1 kg de arroz branco;
- 1 kg de carne de peito de frango sem osso (corte em pedaços pequenos);
- 2 tabletes de caldo de carne;
- 1 cebola de cabeça grande;
- 1 tomate bem maduro;
- 2 dentes de alho;
- Uma porção (Um maço) de cebolinha e salsinha verde;
- 2 colheres de sopa de margarina;
- 250g de queijo parmesão em peça;
- 150g de queijão parmesão ralado;
- Um copo de vinho branco (200 ml);
- Sal e pimenta de acordo com seu paladar.
RENDIMENTO: uma porção para dez pessoas.

Observações:
- Ao acrescentar água, sempre use água quente, isso faz diferença;

- Mantenha a fervura com fogo baixo, pois matura melhor o arroz, acentua o sabor e não gruda no fundo. 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

COMO FAZER PÃO CASEIRO


Quem não gosta de um pãozinho caseiro bem quentinho? Se você respondeu que sim, mas ficou uma indignação por pensar que não sabe fazer, deixe comigo que te darei todas as dicas de como fazer aquele pãozinho igual ao que sua avó fazia.
O pão, que é igual no mundo inteiro, presente em todos os lares é motivo de certa polêmica. Mas, de fato não se sabe quando o pão começou a ser feito. Como era o pão de antigamente?
Acredita-se que o pão tenha surgido há 12 mil anos na Mesopotâmia juntamente com o cultivo do trigo. Eram feitos de farinha misturada com o fruto do carvalho. Os primeiros pães eram achatados, duros, secos e muitos amargos. Para ser ingerido, o pão era lavado várias vezes em água fervente e depois era assado sobre pedras ou embaixo de cinzas.
O primeiro pão assado em forno de barro foi a 7000 a.C. no Egito, que mais tarde descobriram o fermento. O pão chegou à Europa em 250 a.C. sendo preparado em padarias, mas com a queda do império romano, as padarias fecharam e o pão teve que ser feito em casa. Somente a partir do século XII a França começou a melhorar e então no século XVII o país se destacou como centro mundial de fabricação de pães.
No Brasil, o pão foi trazido por emigrantes europeus e começou a ser popular no século XIX. Os pães feitos no Brasil eram escuros enquanto na França o pão era de miolo branco e casca dourada. O pão francês que tanto é usado no Brasil não tem muito a ver com os verdadeiros pães francês, pois a receita do pão francês no Brasil só surgiu no início do século XX e difere do pão europeu por conter um pouco de açúcar e gordura na massa.
A diferença na cor da massa e da casca se dá pelo tipo de ingredientes usados, quando o trigo é tratado (especial) o pão fica branco, caso contrário fica mais escuro.

Como fazer:
Peque em uma bacia grande (10 litros), três colheres (sopa) de açúcar, uma de sal e duas de banha de porco; acrescente 3 copos (300 ml) de água fervente (60º C), três xícaras de farinha de trigo amontoados num canto da bacia. Sobre o trigo coloque um tablete de fermento e deixe descansar por dois minutos. Após misture tudo e vá acrescentando trigo, sempre misturando com uma colher. Quando ficar pesado para mexer com a colher coloque a mão e continue amassando, acrescente mais trigo e derrame essa mistura sobre uma mesa (forte) e continue amassando e acrescentando trigo.
Quando a massa não grudar mais na mesa e na mão, está no ponto. Corte a massa em três pedaços iguais e enrole, coloque nas formas ou se preferir corte em pedaços ainda menores para colocar em forma de cuca e assim terá pãezinhos.
Deixe descansar, para crescer, por aproximadamente três horas, até que a massa dobre de tamanho. Leve ao forno e numa temperatura de 300º C deixe 25 minutos (até dourar a casca) com o formo ligado na parte de cima. Desligue a parte de cima do forno, deixe mais 20 minutos e pronto. Tire o pão da forma, deixe coberto até esfriar.
Agora é só deliciar essa maravilha.

PROPORÇÃO:
- Três colheres de açúcar (bem cheia);
- Uma colher de sal (rasa);
- Três copos de água (300 ml), se quiser, podem ser substituídos por leite;
- Duas colheres bem cheias de banha;
- Um kg de farinha de trigo;
- Um tablete de fermento biológico de 10 g.

RENDE: três pães de forma ou nove pãezinhos.

sábado, 31 de janeiro de 2015

COMO PREPARAR A COSTELA FOGO DE CHÃO


A história do churrasco no Brasil tem muito para contar. Começa, necessariamente, no século XVII, no interior dos Sete Povos das Missões, comunidade criada pelos jesuítas no oeste do Rio Grande (abrangendo Paraguai e Argentina) para reunir indígenas – em especial os Povos Guaranis.
As Missões foram destruída em 1768, a comunidade deixou como testemunho, além das ruínas, um belo exemplo de sociedade ideal para os homens e sua profunda influência na colonização, além do churrasco.
Ali eram criados grandes rebanhos de bovinos, equinos, suínos e outros animais, sem dono após a guerra de destruição, ganharam os campos e ali se multiplicaram ao sabor da natureza. Era riqueza muito vistosa para não ser aproveitada naquele Brasil – colônia que crescia atrás do ouro.
Os predadores passaram a descer de Laguna e São Paulo para capturá-los. Eram os tropeiros, cuja refeição básica nas breves paradas de acampamento consistia num pedaço de carne fresca, assada ao calor das brasas no chão e temperado com um pouco de cinza (para salgar a carne).
E, como os tropeiros, invernadores e seus peões tinham no gado assado sua dieta principal, agora salgado. Eles haviam copiado dos povos indígenas o costume de colocar mantas de carne sob o arreamento, no lombo do cavalo, enquanto cavalgavam. No ponto de parada, devidamente salgado pelo suor do animal, a carne estava pronta para ir ao fogo.
Então, o churrasco tornou-se fio condutor da história brasileira e prosseguiu nesse papel durante o terceiro ciclo da fixação e ocupação de terra.
A receita não podia ser mais simples: carne com alguma gordura – em geral costela -, coberta de sal e levada ao fogo demorado, assando primeiro de um lado e depois do outro.
De fato, os registros históricos se referem ao coócai, um assado primitivo e ao coócatuca, carne no espeto, usado pelos índios. A verdade é que no século passado, a modalidade do fogo de chão estava definitivamente consagrada, a julgar pelo depoimento do naturalista Saint Hilaire, de 1821. “Logo chegando ao lugar onde pisei, meu soldado fez uma grande fogueira; cortou a carne em compridos pedaços da espessura de um dedo, fez ponta em uma vara de cerca de dois pés de comprimento e enfiou-o a guisa de espeto em um dos pedaços de carne e quando julgou suficientemente assado, expôs o outro lado.

COMO PREPARAR EM CASA:
Primeiro você deve ter um espaço adequado para isso. Um local longe de construções e árvores para, então, fazer seu churrasco. Também, ter lenha que não pode ser restos de construção, pois a madeira tradada ou com resíduos de tinta pode intoxicar quem comer a carne. Mas, como fazer:
-        Calcule um quilo de costela fresca por comensal;
-        Limpe a carne: ou seja, tire o excesso de peles, nervos, gordura existente e coloque num espeto;
-        Tempero: dê um banho de cachaça (aguardente) na carne, o suficiente para umedecer todo o produto. Passe sal grosso por todas as partes, deixando uma camada geral em toda a carne;
-        No local: afixe o espeto ao chão, coloque a lenha em todos os lados, cercando o espeto. Respeite um espaço de um metro entre a carne e a lenha. Ateie fogo (não use combustível fóssil).
-        O fogo: durante as próximas as horas, o trabalho é do fogo. Durante seis horas mantenha o fogo queimando com lavaredas que não superem 20 centímetros e constante em todos os lados, sempre repondo, aos poucos, a lenha.
Não é necessário virar a carne, pois tem fogo de todos os lados. Inicialmente a carne parece não estar assando, fica vermelha por pelo menos quatro horas. Isso é normal, pois a carne está assando por dentro, quando tostar é sinal de que está cozinha na parte interior.
Como sei se está bom? A carne começa a encolher e os ossos ficam aparecendo.
Quando estiver pronto (seis horas depois), tire o espeto do chão, bata na carne para cair o excesso de sal, leve à mesa e sirva.
PROPORÇÃO:
- 20 kg de costela;
- Um copo (300 ml) de cachaça;
- Sal grosso;

RENDE: uma refeição para vinte pessoas.